O que aprendemos na edição desse ano do Rio2C?

O que aprendemos na edição desse ano do Rio2C?

Atualizado em:
6/6/2025 20:41

Compilamos os ensinamentos que mais nos marcaram do evento para compartilhar com vocês!

A semana passada foi marcada pelo Rio2C, o maior evento de criatividade e inovação da América Latina. E claro que o PlayNest não poderia ficar de fora dessa, né?  

Pensando em compartilhar os principais ensinamentos desse encontro com vocês, nosso time já foi para o evento com o olho vivo e o faro fino para compilar os insights mais impactantes das palestras que assistimos!  

Bora dar uma olhada juntos nos assuntos que nos chamaram atenção?  

1. O que a planilha dos influenciadores nos ensinou

Se você não se lembra desse escândalo, vamos recapitular: no começo desse ano, uma planilha com percepções de profissionais do mercado sobre a postura de influenciadores digitais em parcerias, campanhas e sets de gravação vazou na internet e gerou um grande burburinho, que fez muitos se posicionarem publicamente, outros se isolarem e outros mudarem posicionamentos após as alegações. Mas uma coisa é certa: até quem não foi citado, precisou refletir sobre sua postura após o ocorrido.  

Como de creator economy a Play9 entende, nossa big boss levou um painel sobre o assunto para o Rio2C e nomes como o CPO da Play9, Gustavo Serra, a influenciadora Valentina Bandeira, Ricardo Silvestre – CEO da Black Influence ,e Ana Paula Passarelli – CBO da Brunch, comentaram sobre o impacto disso sobre o mercado de influência. Vamos entender mais?  

  1. O mercado de influência hoje:

O mercado de influência passou por um crescimento exponencial nos últimos anos: saímos de ações pontuais com figuras conhecidas para uma indústria estruturada, com agências especializadas, plataformas preparadas para o crescimento dessa economia, a era das métricas e profissionais cada vez mais preparados para habitar esse mercado.  

Esse amadurecimento da indústria trouxe à tona questões importantes sobre transparência entre marcas e influenciadores— especialmente após vazamentos dessa planilha. Com isso, para criadores de conteúdo iniciantes, compreender esse ecossistema é fundamental para evitar repetir os mesmos erros e construir uma trajetória mais segura.

  1. Percepções vazamento

O vazamento da planilha gerou reações variadas entre os palestrantes, que se viram obrigados a repensar não só seus valores, mas também a forma como se posicionam no mercado. Valentina Bandeira, por exemplo, passou a apostar em conversas mais abertas com as marcas, com propostas que deixam os entregáveis bem definidos. Ricardo Silvestre chamou atenção para algo essencial: não dá para resumir o valor de um criador a números — reforçar diferenciais como construção de comunidade e storytelling faz toda a diferença. Já Ana Paula Passarelli destacou que, mesmo com tabelas e benchmarks por aí, cada criador precisa conhecer bem seu público para entender onde vale a pena estar. No fim das contas, a lição que fica é que definir preço vai muito além de planilha: é sobre entender e negociar valor. E ter um contrato claro, com escopo e entregas detalhadas, ajuda (e muito) a evitar dores de cabeça.

  1. Relação parassocial e construção de comunidade:

Nessa palestra, aprendemos o conceito de relação parassocial. Sabe aquele influenciador que você acompanha todo dia, comenta tudo, e já sente como se fosse íntimo — mesmo sem nunca ter trocado uma mensagem? Então, é disso que estamos falando. Essa conexão emocional unilateral, em que o público enxerga o criador como alguém próximo, é o que sustenta as chamadas microcomunidades: grupos de seguidores que se identificam de verdade com o conteúdo e acompanham cada postagem com entusiasmo. É esse tipo de laço que torna a audiência tão engajada — e valiosa... Mas que também nos alerta sobre um ponto de atenção: cuidado para não chegar tratando como íntimo aquele influenciador que você na verdade só conhece pelas telas, hein?  

2. É possível criar conteúdo sem se basear em dados? Futuros Possíveis para Métricas e Dados?

Outra palestra da Play9 no Rio2C que chamou nossa atenção foi essa, que contou com a presença da Renata Turlão - diretora de conteúdo multiplataforma e BI da Play9, Franklin Medrado - influenciador digital, Cris Dias - sócio da Ampère e Tatyane Ramos - consultora de inovação.  

A pergunta que ficou foi “dá pra criar sem olhar pras métricas?” Dar até dá... Mas pode ser um tiro no escuro. Por outro lado, viver só em função dos números — curtidas, views, engajamento — pode te aprisionar em fórmulas prontas e podar a autenticidade. O equilíbrio está no meio do caminho: o feeling criativo ainda tem seu lugar, principalmente pra testar formatos novos ou se arriscar em ideias fora da curva. Mas os dados ajudam a validar (ou ajustar) essas apostas. E falando em métrica, o futuro vai além de impressões e alcance: o que realmente importa é o engajamento genuíno — comentários sinceros, compartilhamentos, identificação real. Ah, e um conceito importante que apareceu foi o da hipernuance: a capacidade de explorar temas com profundidade para nichos específicos. Em vez de tentar falar com todo mundo, entender qual recorte do assunto faz sentido pra cada grupo é o que fideliza de verdade.

3. Da TV ao streaming: como a novela brasileira segue relevante

No Rio2C, Rosane Svartman - roteirista, diretora e produtora da Rede Globo; George Moura - roteirista da Rede Globo; Leonora Bardini - diretora de canal da TV Globo e Manuela Dias - roteirista da Rede Globo destacaram que, mesmo em um mundo dominado por streamings e plataformas de vídeo, a novela brasileira continua exercendo uma influência cultural enorme — especialmente com a estratégia de incluir ao migrar para redes como o TikTok.

No que diz respeito a espectorialidade e relevância, o lance é entender que não basta dar ao público exatamente o que ele já quer ver — é preciso trazer algo novo que dialogue com o momento social. Esse “frescor” na narrativa faz com que cenas emblemáticas ou personagens provocativos virem gancho para debates muito além das telas, pipocando nas redes e alimentando conversas sobre temas relevantes, como foi aquela cena da novela Vale Tudo, em que a diarista Lucimar (Ingrid Gaigher) decide pedir pensão alimentícia para o filho Jorginho (Rafa Fuchs). De acordo com o G1, a procura pelo o aplicativo, onde é possível agendar uma atendimento para solicitar a pensão, bateu um recorde na noite que a cena foi exibida, representando um crescimento de 300%.

Agora, quando o assunto é telenovela no TikTok, a mágica acontece assim: fragmentos da trama ganham vida própria quando viralizam na internet — quem não lembra de trechos icônicos de “Avenida Brasil”, "Paraíso Tropical" e até “Vale Tudo” voltando ao algoritmo? Nos comentários, a galera opina em tempo real, criando aquela sensação de comunidade em torno da história. Os conteúdos gerado pelos fãs — esquetes, análises psicológicas dos personagens, críticas bem-humoradas — ampliam ainda mais o alcance, atraindo quem ainda não acompanha a novela. Um bom exemplo é o case da Maria de Fátima: perfis dedicados a ela reforçaram a repercussão e aproximaram o público jovem que, de outra forma, talvez nem ligasse pra trama.  

Para criadores de conteúdo, a dica é ficar de olho em quais cenas ou temas conversam com a sua audiência — seja um meme, um recorte de moda ou até uma interpretação psicológica. Aproveite trends e sons populares para criar duets que comentem a novela e, ao mesmo tempo, tragam o seu ponto de vista.

4. A conexão das marcas: emoção em primeiro lugar

No Rio2C, ficou claro que, para as marcas, não basta estar no radar: é preciso gerar emoção e cativar. Nesse painel de gigantes, Alysson Assunção - gerente de patrocínio da Petrobras, Guilherme Bailão - diretor de experiência de marcas e patrocínios da Heineken, Renan Augusto - manager do cantor Jão e Mariana Prado - head de marketing da C&A falaram sobre conexão a partir da perspectiva de marcas.  

Como disse Guilherme Bailão, “a maneira mais relevante de falar com o público é entregar algum tipo de emoção”. Ou seja, não se apoie tanto em pautas técnicas que só falam de benefícios e comparativos nos seus conteúdos — a campanha precisa ter narrativa, personagens e propósito. E, como lembrou Allyson Assunção, a parceria entre empresa, criador e público precisa funcionar para os três lados: não adianta pagar apenas pelo alcance se a marca não agrega nada ao criador e vice-versa. Em um mar de símbolos e incentivos disputando atenção, a autenticidade e a identificação verdadeira é que fazem a diferença. Se a marca tentar forçar um posicionamento que não combina com seu propósito, a audiência enxerga na hora! A mesma coisa vale na hora de fechar parcerias que não se alinham com o nicho que você atua, ou com o seu posicionamento digital.  

Outro assunto que veio a tona foi como construir vínculo emocional é fundamental. Um bom exemplo veio da Petrobras, que trocou discursos meramente institucionais sobre combustíveis por narrativas de ativismo ambiental e inovação — atributos que falam direto com o público jovem e ainda transmitem o valor da marca. A dica para qualquer marca é: antes de criar uma campanha, mapeie quais são seus atributos mais “vendíveis” dentro do universo dos creators e planeje conteúdos que reforcem esse elo afetivo. Quando marca, criador e público se conectam de verdade, o resultado vai muito além de métricas: vira identificação genuína.  

“Ah, Nestor, mas se essa é uma dica para marcas, porque está trazendo aqui para o PlayNest?” Cada vez mais os criadores de conteúdo estão virando marcas e empresas próprias e, nesse caso, é importante entender como funciona o mindset de uma marca para poder adaptá-la para o que faz sentido para você enquanto creator.  

5. Oportunidades de marketing digital para audiovisual e micro creators

  1. Campanhas personalizadas x massificadas
  1. Antes, produções de cinema e TV investiam pesado em campanhas “mass market”. Agora, a tendência é marketing personalizado, criado em parceria com micro criadores, para atingir nichos específicos.
  1. Exemplo prático: um micro creator que fale de cinema noir pode fazer vídeos curtos analisando cenas de um filme que está para estrear, trazendo tráfego direcionado para a bilheteria.
  1. Jornada do consumidor cíclica
  1. Não existe mais um funil linear; hoje, o consumidor pode voltar a diferentes estágios diversas vezes antes de decidir. O papel do criador é gerar “pontos de contato contínuos”: reels, stories, vídeos tutoriais, memes, etc.
  1. Crie assets para o TikTok: já sabemos que a plataforma exige formatos dinâmicos—entre 10 e 60 segundos, narrativas marcantes e, de preferência, trilhas sonoras que estejam em alta.
  1. Do cinema ao TikTok: experiências coletivas
  1. O cinema continua único por sua experiência coletiva, mas o digital possibilita campanhas individuais que, juntas, geram sensação de comunidade. Por exemplo, durante a estreia de um filme brasileiro, comunidades no Telegram ou no Discord podem ser geradas por micro criadores que comentam o filme em tempo real.

6. Masterclass A Importância de Contar Histórias Autênticas

Para fechar o wrap-up, destacamos os insights mais poderosos da masterclass sobre criação de histórias autênticas, que contou com a presença da Adeusa Okosun - diretora da Blackverse Studios e do Enyi Omeruah - produtor da Blackverse Studios. Os dois discutiram sobre como as produções audiovisuais estão repensando suas estratégias de divulgação e como a creator economy é parte fundamental desse jogo.  

Se antes os estúdios investiam em campanhas massificadas, hoje a aposta é no marketing personalizado, feito em parceria com criadores de nicho. Um exemplo? Um perfil que fale sobre cinema noir pode criar vídeos curtos analisando cenas de um lançamento específico, atraindo exatamente quem já tem interesse no tema. Isso gera uma estratégia de marketing mais direcionada, eficiente e mais autêntica.  

Também ficou claro no Rio2C que a jornada do consumidor não é mais linear: em vez de passar por um funil reto, ela é cíclica. A pessoa pode descobrir, esquecer e redescobrir um filme várias vezes antes de assistir. Por isso, o papel do criador é estar presente nesses vários pontos de contato — seja com reels, stories, tutoriais ou memes. Especialmente no TikTok, o conteúdo precisa ter ritmo, ganchos fortes e trilhas em alta para engajar de verdade. E, embora o cinema ainda seja insubstituível como experiência coletiva, o digital consegue ampliar esse sentimento. Grupos no Telegram ou Discord, criados por influencers, comentando um lançamento em tempo real, por exemplo, transformam o ato de assistir em algo compartilhado — mesmo à distância. Oportunidade não falta: o segredo está em criar pontes entre a tela grande e as telas pequenas.

Insights finais:
  1. Defina o seu valor: Prepare uma proposta de serviços que mostre entregáveis (número de posts, formatos, prazos – o Mídia Kit do PlayNest é ótimo para isso!) e saiba se portar de forma responsável e educada ao seu relacionar com outras marcas.  
  1. Use dados para orientar, mas nunca sufocar seu feeling criativo: Analise quais tipos de post geram mais tempo de visualização, mais comentários e shares. Depois, teste variações - novo formato de vídeo, nova abordagem de roteiro - para descobrir pontos fora da curva.  
  1. Explore o TikTok como laboratório de testes: Poste conteúdo experimental (uma cena encenada, um meme sobre novela, um comentário rápido sobre série) para avaliar quais “pegam” com seu público. Se algo viraliza, pense em ampliar para outros formatos e plataformas!  
  1. Invista em storytelling autêntico:  Antes de criar um roteiro, pergunte-se: “O que só eu posso contar de tal forma?” Se a resposta vier fácil, você encontrou sua essência. Se gerar dúvidas, pense em como recalcular a rota de forma autêntica, que mostre sua essência, suas referências e experiências pessoais.
  1. Crie parcerias de valor com marcas: Em vez de buscar apenas patrocínios, ofereça projetos de cocriação - tudo pensando em como a marca, o criador e o público ganham juntos.

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Te vejo na próxima. Fui!  

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