YouTube: estratégias para crescer e monetizar

YouTube: estratégias para crescer e monetizar

Atualizado em:
25/6/2025 23:24

Como criar conteúdo relevante, engajar sua comunidade e transformar seu canal em um negócio?

O YouTube é uma plataforma de cauda longa. Isso significa que seus vídeos continuam sendo encontrados e assistidos muito tempo depois de publicados — diferente do que acontece em plataformas de vídeos curtos - como Instagram e TikTok - onde o conteúdo costuma ter um ciclo de vida bem mais rápido.  

Por lá, o algoritmo funciona de outra maneira: ele valoriza a relevância ao longo do tempo e dá aos seus vídeos a chance de se tornarem verdadeiras portas de entrada para novos públicos, mesmo meses ou anos depois da publicação. Essa lógica beneficia não só a performance orgânica dos seus conteúdos, mas também o desempenho das publicidades feitas neles — afinal, os anúncios continuam sendo vistos enquanto o vídeo seguir relevante.

Na prática, isso transforma o YouTube em um ótimo aliado para construir e manter parcerias com marcas de forma consistente e duradoura.

E no fim das contas... Quem nunca sonhou em ver o próprio vídeo viralizando, né? Mas a verdade é que, por trás de cada canal de sucesso, existe uma combinação poderosa de criatividade, método, estratégia e, principalmente, consistência. Se você está buscando formas de fazer seu canal crescer de forma sustentável — e quem sabe até transformá-lo em um negócio —, essa matéria é pra você!  

Então bora começar?

O YouTube mudou... E a forma de criar para ele também!

Durante muito tempo, o YouTube foi visto como a “internet raiz”: um espaço de vídeos caseiros, produção simples e nenhuma grande pretensão. Mas o cenário mudou — e muito. Hoje, os canais que mais crescem por lá operam como verdadeiras produtoras de conteúdo, com roteiristas, editores, designers de thumbnail, social media e até equipe comercial. E não é exagero: os grandes nomes da plataforma viraram, de fato, empresas de mídia.

Mas calma: isso não significa que você precisa de uma superestrutura pra crescer. O que faz a diferença, especialmente no início, é ter clareza do propósito enquanto creator, conhecer sua audiência e construir uma estratégia de conteúdo consistente. Lembrando que: todo mundo que hoje é gigante começou pequeno — e foi ganhando autoridade, repertório e espaço ao longo do tempo. Isso também vai acontecer com você.

E um bom ponto de partida são formatos simples, mas poderosos: vlogs autênticos, vídeos com dicas práticas, tutoriais ou conteúdos “help” (voltados para solucionar dúvidas reais do público) costumam performar muito bem na plataforma — especialmente quando entregam valor de forma direta e pessoal.

Como construir autoridade e aproveitar a cauda longa do YouTube?

O YouTube é uma das poucas plataformas onde um vídeo postado hoje pode continuar entregando resultados daqui a meses — ou até anos. Isso acontece graças ao sistema de busca e recomendações da plataforma, que valoriza vídeos com bom desempenho em retenção e relevância.

Por isso, a primeira pergunta que você deve se fazer é: “Sobre o que quero ser reconhecido?”

Escolha um tema que tenha conexão com você, que tenha demanda de público e que seja possível de explorar em diferentes formatos. Listamos os formatos que estão performando melhor na plataforma nesse ano de 2025:  

1. Conteúdos “Help” (educativos/soluções de problema)

São os vídeos que respondem perguntas práticas do público. Exemplos:

  • “Como fazer X…”
  • “Dicas para melhorar Y…”
  • “5 erros que você está cometendo em Z…”

Por que funciona? As pessoas vão até o YouTube para buscar soluções. Esses vídeos têm alto potencial de busca orgânica e cauda longa.

2. Tutoriais / Passo a passo

Vídeos demonstrando como fazer algo na prática, com explicação detalhada.  Exemplos:

  • Tutoriais de maquiagem
  • Como editar vídeos no celular
  • Como começar a investir com pouco dinheiro

Por que funciona? Resolve uma dor específica e tem alto tempo de retenção se o tutorial for bem estruturado.

3. Vlogs (com storytelling e autenticidade)

Mostram o dia a dia, bastidores ou experiências pessoais, sempre com alguma narrativa que prenda o espectador.  Exemplos:

  • “Meu primeiro dia na faculdade”
  • “24 horas vivendo como…”
  • “Rotina de criador de conteúdo”

Por que funciona? Cria conexão emocional e humaniza o criador.

4. Reviews e unboxings

Avaliação de produtos, serviços, ferramentas ou experiências.  Exemplos:

  • Review de equipamentos de gravação
  • Unboxing de kits de marcas
  • Testando gadgets de baixo custo

Por que funciona?  Público busca opinião antes de comprar. Também tem potencial de atrair marcas no futuro.

5. Listas e Rankings

Conteúdos rápidos, com formato de “Top 5”, “Top 10”, etc.  Exemplos:

  • “5 aplicativos que todo criador precisa conhecer”
  • “Top 10 filmes sobre criatividade”

Por que funciona? Gera curiosidade, é fácil de consumir e costuma ter boa taxa de clique (CTR).

6. Conteúdo de opinião / Análise de tendências

Reações, análises e comentários sobre temas do momento. Exemplos:

  • “Por que todo mundo está falando sobre X?”
  • “Minha opinião sobre a nova atualização do Instagram”

Por que funciona? Surfando tendências, você aumenta as chances de pegar uma onda de tráfego.

7. Shorts (conteúdo curto e viral)

Vídeos de até 3 minutos que podem viralizar rápido e aumentar o alcance.  Exemplos:

  • Dicas rápidas
  • Bastidores
  • Mini tutoriais
  • Corte de um vídeo maior

Por que funciona? Alta distribuição, grande alcance e ótimo para atrair novos inscritos.

8. Séries ou Quadros fixos (recorrência de tema)

Conteúdos em formato de série que o público passa a esperar.  Exemplos:

  • “Toda terça: dicas de conteúdo”
  • “Desafio criativo da semana”

Por que funciona? Cria hábito e fideliza audiência.

Além disso, se você tem um pequeno negócio ou vende algum serviço, o YouTube também é a melhor porta de entrada para construir autoridade sobre o seu nicho.

Seja interessante para o seu público antes de querer vender!

Uma grande virada de chave para quem cria conteúdo no YouTube é entender que o público está ali para se entreter, aprender ou se informar. Por isso, a pergunta que precisa guiar o seu conteúdo não é “Como eu vendo mais?”, e sim: “Como eu faço o vídeo mais interessante possível sobre esse tema?”

Se o conteúdo for bom, as pessoas vão assistir até o final, vão engajar, e o YouTube vai começar a recomendar seus vídeos para mais gente. A venda? Ela acaba vindo como consequência.

Não tenha medo de recalcular a rota quando for preciso

Muitos criadores começam seus canais focando em um tema que atrai mais views — seja um assunto em alta, um hobby ou um tipo específico de conteúdo. Mas chega uma hora que pode bater aquela pergunta: “Será que ainda faz sentido continuar nesse caminho?”

Essa é a hora de olhar para os dados. Analise:

  • Quais vídeos continuam trazendo views mesmo depois de semanas?
  • Em quais vídeos as pessoas assistem até o final?
  • Quais temas geram mais comentários ou inscritos novos?

Essas informações ajudam a entender o que o público realmente valoriza. E, se for hora de mudar de foco, comece aos poucos: crie conteúdos que façam uma transição natural entre o que você fazia antes e o que você quer fazer daqui pra frente.

Use os dados como bússola (o YouTube entrega tudo o que você precisa saber)

Se tem uma plataforma que oferece dados completos e detalhados sobre o desempenho dos seus vídeos, essa plataforma é o YouTube. O painel YouTube Analytics é, sem dúvidas, um dos mais eficientes do mercado digital quando o assunto é entender o comportamento da audiência. Por lá, você consegue acompanhar em tempo real e ao longo dos dias, praticamente todos os sinais que o seu público está te dando.

Aqui estão alguns dos principais indicadores que você deve acompanhar com frequência:

Tempo de retenção de público:

Te mostra em que momento as pessoas estão abandonando seus vídeos. Isso te ajuda a entender se a introdução está boa, se o ritmo do conteúdo está funcionando e até se vale a pena repensar a duração dos vídeos.

O que observar nesses insights:
  • Onde as pessoas mais saem?
  • Existe algum pico de retenção? (Pode ser um trecho especialmente interessante para transformar em Shorts ou Reels)

Ter noção desses dados te ajuda como termômetro dos interesses (e desinteresses) do seu público. Com isso, você pode recalcular rota e testar novas abordagens.  

Taxa de cliques (CTR) nas thumbnails:

Diz respeito a porcentagem de pessoas que clicam no seu vídeo depois de vê-lo na homepage, na busca ou nas recomendações.

O que observar nesses insights:

  • CTR abaixo de 3%? Vale revisar título e estilo de thumbnail.
  • CTR acima de 5%? Sinal de que sua thumb e título estão funcionando bem!

E lembre-se: se ninguém clica, ninguém assiste.

Principais fontes de tráfego:

Aqui você descobre de onde vêm as visualizações: busca do YouTube, vídeos sugeridos, Shorts, notificações, etc.

O que observar nesses insights:

  • Seu conteúdo está sendo mais descoberto pela busca? Invista mais em SEO de vídeo (título, descrição, tags).
  • Está vindo dos sugeridos? Isso é um ótimo sinal de que o algoritmo está te recomendando para quem ainda não te conhece!

Crescimento de inscritos por vídeo:

Infelizmente, nem todo vídeo que bomba traz inscritos... Por isso, esse dado ajuda a entender quais tipos de conteúdo realmente convertem audiência em comunidade fiel.

O que observar nesses insights:
  • Quais vídeos trouxeram mais inscritos?
  • Existe um padrão nesses vídeos (tema, formato, duração)?

Palavras-chave de busca:

Quais termos as pessoas digitam no YouTube até encontrarem o seu conteúdo? Isso revela quais dores e interesses o público está tentando resolver.

O que observar nesses insights:
  • As palavras-chave batem com o que você quer ser reconhecido?
  • Tem alguma oportunidade de criar vídeos novos para palavras-chave que você já ranqueia bem?

Taxa de retenção por segmento de público:

Caso queira se aprofundar mais, o YouTube Analytics permite até segmentar sua retenção por tipo de público: inscritos x não inscritos.

O que observar nesses insights:

  • O público novo assiste até onde?
  • Quem já é inscrito está ficando até o final?

Ter noção disso te ajuda a entender se você está falando mais com novos visitantes ou com quem já te acompanha.

Engajamento nos comentários:

Além dos dados quantitativos, o campo de comentários é ouro puro para insights qualitativos. As pessoas dizem exatamente o que gostaram, o que querem ver mais e o que sentem falta.

Crie o hábito de responder os comentários e, de tempos em tempos, pergunte diretamente para o público: "Que tipo de vídeo vocês querem ver aqui no canal?"

Afinal, dados não são só números, são sinais de comportamento. Eles são, literalmente, a tradução do que o público está pensando, sentindo e fazendo em relação ao seu conteúdo. Por isso, quanto mais você acompanhar de perto, mais rápido consegue ajustar a rota e produzir vídeos que realmente entregam o que a sua audiência está buscando.

Fortaleça sua comunidade: seu público é seu maior aliado!

Nessa altura do campeonato, eu não duvido que você já sabe como jogar o jogo do marketing de influência. Mas nunca é demais reforçar que uma audiência engajada vale mais do que qualquer número de views. Quanto mais você cria conexão com quem te acompanha, maior a chance dessas pessoas voltarem sempre para assistir seus vídeos. Por isso, vou listar algumas estratégias simples pra isso:

  • Responda comentários com frequência
  • Peça sugestões de temas nos vídeos
  • Mostre os bastidores da sua produção
  • Crie quadros fixos que gerem expectativa
  • Mencione seguidores pelo nome em alguns vídeos (isso gera pertencimento)

E tem mais: use a aba Comunidade a seu favor

Além dos próprios vídeos, o YouTube oferece uma ferramenta valiosa para estreitar o relacionamento com o público: a aba Comunidade. Se você tiver mais de 500 inscritos, ela é liberada no seu canal e funciona como um mural de interações — quase como uma timeline de rede social dentro do próprio YouTube, sabe?  

Por lá, você pode:

  • Fazer enquetes para saber o que o público quer ver nos próximos vídeos
  • Compartilhar fotos, bastidores e teasers de gravação
  • Postar atualizações rápidas, sem precisar gravar um vídeo inteiro
  • Relembrar vídeos antigos e direcionar tráfego para eles
  • Criar expectativa para novos lançamentos ou colaborações
  • Interagir em tempo real com os inscritos mais ativos

Essa ferramenta mantém o público engajado entre um vídeo e outro, reforça a sensação de proximidade e ainda aumenta as chances dos seus próximos vídeos performarem melhor — já que o público que interage ali tende a receber mais notificações sobre novos uploads.  

Fora isso, se tiver condição, pense também em abrir um grupo fechado (no Telegram, WhatsApp ou até no YouTube com o recurso de “Comunidade”) para conversar diretamente com os fãs mais engajados.

Corte, reaproveite e distribua em outros formatos

Reciclar conteúdo faz parte do jogo e otimiza seu tempo! Os cortes de vídeo são uma das estratégias mais usadas hoje para expandir a bolha. Se você produz vídeos longos, selecione os melhores trechos e transforme em vídeos curtos.

Esses cortes podem:

  • Atrair novos públicos que não te conhecem ainda
  • Servir de conteúdo para Shorts, Reels e TikTok
  • Direcionar tráfego de volta para o vídeo completo

Mas lembre-se: o conteúdo longo ainda é o que mantém o público retido e conectado de verdade com você, da mesma forma que pensar em conteúdos nativos para vídeos curtos também é importante, não dá para viver só de cortes – apesar de eles serem bons aliados.  

Monetização: o jogo é de longo prazo

O YouTube é, atualmente, a única grande plataforma que divide a receita de anúncios 50/50 com os criadores. Isso significa que, além de construir audiência, você também constrói uma fonte de renda que cresce junto com seu canal.

E a monetização pode ir além do AdSense: com o tempo, dá pra abrir espaço para:

  • Patrocínios
  • Parcerias de marca
  • Venda de produtos
  • Cursos e mentorias
  • Projetos especiais (como realities ou séries autorais)

E tenha em mente que: crescer no YouTube não é sorte. É um jogo de longo prazo, que mistura criatividade com análise de dados, conexão real com a audiência e disposição para ajustar a rota sempre que for preciso.

E você? Já começou a testar essas estratégias no seu canal? Conta pra gente lá no Ninho como tem sido sua experiência por lá e deixa seu like se você gostou dessa matéria.  

Te vejo na próxima. Fui!  

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