Perdemos o “X”! E agora? Quais os próximos passos?

Perdemos o “X”! E agora? Quais os próximos passos?

Atualizado em:
16/12/2024 22:26

Em 2026 o antigo Twitter completaria 20 anos de existência e a sua ausência afetou muito os usuários da rede. Qual foi o impacto da saída do “X” do Brasil no comportamento digital?

Se cada rede social tivesse um fandom como de uma diva pop, o fandom do antigo Twitter seria similar ao da Taylor Swift. Seus usuários, acostumados a utilizar a plataforma para compartilhar pensamentos intrusivos, memes e se comunicar com amigos de uma maneira bem mais informal em comparação com outras redes, se encontram desolados com os últimos acontecimentos da rede.  

Mas a insatisfação não vem de hoje. Vamos relembrar os acontecimentos que culminaram nos últimos episódios?  

Em outubro de 2022, Elon Musk comprou o Twitter. Após essa compra, a plataforma passou a se chamar X e teve uma série de mudanças no seu funcionamento.  

  • Mais de 50% da sua força de trabalho foi desligada da plataforma;
  • O logo do passarinho azul, que já fazia parte da marca há mais de 16 anos, passou a ser m X;
  • A rede passou a ter um limite de leitura de 1.000 tuítes diários para usuários não verificados;
  • O tamanho dos tuítes passou de 140 caracteres para 280 caracteres – para usuários gratuitos;  
  • Verificado pago: usuários que assinassem o Twitter Blue, a versão paga da rede, teriam seus perfis verificados. Novas variações de verificado foram implementados na plataforma também. Além disso, usuários do Twitter Blue também poderiam criar tuítes com até 25 mil caracteres e editar eles até 30 minutos após a sua publicação.  

Essas mudanças criaram diversas insatisfações nos usuários, que só progrediram no decorrer do último ano, chegando a ponto de diversos perfis deletarem ou suspenderem suas contas. Em paralelo, as atitudes de Musk na gestão da plataforma e nas suas falas pessoais também começaram a gerar um ruído entre os valores da empresa e os valores dos usuários que já utilizavam a rede de forma intrínseca, mas que foram perdendo conexão com ela.  

Desde a compra do aplicativo, os crimes digitais e delitos cresceram por falta de diretrizes mais sólidas na plataforma por parte de Musk – o que culminou na investigação dele pelo STF desde abril. O Supremo Tribunal decidiu então intimar o bilionário a nomear um novo representante legal do X no Brasil, sob a pena de suspensão da rede social. O prazo definido para o cumprimento da ordem foi de 24 horas. Como Musk não cumpriu o prazo, Alexandre de Morais decidiu bloquear as contas da empresa Starlink - também do Elon Musk – no Brasil, e o X anunciou o fechamento do escritório brasileiro da empresa no dia 17 de agosto.  

Desde que a plataforma saiu do ar, no último sábado dia 31 de agosto, os usuários que já usavam o Twitter cronicamente desde o seu surgimento em 2006, entram em desespero e começam a buscar redes semelhantes. Isso culminou no crescimento de plataformas concorrentes do X no Brasil, como a BlueSky, o Threads, o Mastodon e o Nostr. Vamos entender mais sobre cada app?

BlueSky

A rede social criada por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, é uma das principais alternativas ao X e já abrigou mais de um milhão de novos perfis nos últimos dias, somando aproximadamente sete milhões de usuários e teve a língua portuguesa superando o inglês nos últimos dias na plataforma.  

Threads

Desenvolvido pela Meta, o Threads foi lançado em 2023 com a proposta de ser uma plataforma de microblogging semelhante ao X. Suas funcionalidades são bem parecidas, com um feed que possibilita ver as postagens das contas que seguem, assim como as postagens populares ou promovidas, criar posts curtos, realizar interações (curtidas, reações, comentários), seguir e ser seguido... A proposta do app é bem semelhante. A diferença é a sua conta do Threads é vinculada com a sua conta no Instagram.

Mastodon

Com uma interface parecida com o X e presente no digital desde 2016, o aplicativo acompanhou seu número de usuários subir de 300 mil para 6,5 milhões depois que Elon Musk transformou o Twitter em X. Ao contrário de muitas redes sociais, Mastodon não usa algoritmos de recomendação. Em vez disso, você vê as postagens das pessoas que você segue - o que dá espaço para uma experiência mais autêntica e menos influenciada por algoritmos.

Nostr

Nostr é uma rede social relativamente nova e bastante inovadora. O acrônimo "Nostr" significa "Notes and Other Stuff Transmitted by Relays". Em vez de depender de servidores centralizados, o Nostr utiliza uma rede de transmissores (“relays”) para distribuir mensagens e dados e tem a capacidade de transferir bitcoin entre usuários. Agora com mais de 10 milhões de adeptos, a comunidade em torno do Nostr está crescendo e trabalhando para expandir suas funcionalidades e alcance.

Até o momento, Bluesky é a aposta mais bem financiada nesse novo setor, mas ainda há muito água pra rolar e muita coisa pode mudar nos próximos meses.  

Você já utilizou alguma dessas novas plataformas? Gostaria de um post explicando melhor cada uma delas? Vamos levar esse debate para a nossa comunidade! Queremos ouvir de vocês.  

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